A ESPÉCIE
Espécie exótica proveniente de quase toda a Australásia, a Toona ciliata var. australis ocorria abundantemente em toda a costa leste australiana. Até 1910 já havia sido verificada a extinção genética e econômica da espécie no continente australiano, devido ao grande valor da madeira e de seus múltiplos usos na Austrália e Europa, para onde grande parte da madeira foi exportada.
O cedro australiano existe ainda hoje em áreas de preservação na Austrália, numa faixa de aproximadamente 200 km entre o continente e a costa leste, ao longo de quase 3200 km de extensão entre norte e sul do país. Atualmente, o cedro australiano é uma das espécies vegetais arbóreas mais ameaçadas de desaparecimento no mundo.
Pertencente à família Meliaceae (cedros e mognos), o cedro australiano assemelha-se muito em termos de qualidade, usos e características da madeira, com os cedros e mognos existentes no mundo todo, especialmente com o cedro (Cedrela fissilis) e mogno (Swietenia macrophylla) brasileiros. Devido à coloração clara que pode variar do vermelho ao amarelo castanho e de sua leveza, a espécie é a substituta ideal para os usos dados ao cedro e mogno brasileiro, também sendo excelente alternativa para a substituição de muitas espécies, como a balsa e outras madeiras leves e claras.
Nunca foram observados ataques da broca da gema apical (Hypsipyla grandella) no Brasil desde que o cedro australiano foi introduzido. Por esta razão a Toona é considerada resistente a esta praga que causa grandes danos ao cedro e mogno brasileiros.