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DESBASTES E COLHEITA

Os desbastes são necessários para selecionar as plantas com melhor fuste dentro do stand, garantindo o maior ganho diamétrico possível.

Primeiro desbaste: realizar um desbaste de plantas inferiores aos 2 anos, deixando 600 plantas/ha. Nesse desbaste é possível excluir 25% das plantas do stand, sem prejuízo de produtividade. O desbaste seletivo recomendado no segundo ano visa contornar problemas causados por fatores externos, como ventos fortes, chuvas de granizo, e outros, que por sua natureza, fogem ao controle do produtor.

Desbaste clone BV 1120 aos 4 anos.
Desbaste clone BV 1321 aos 4 anos.

Segundo desbaste: realizar um segundo desbaste aos 8 anos, ou quando as árvores atingirem diâmetro de 30 cm, para que possam ser aproveitadas para serraria. Nessa etapa são removidas de forma sistemática 300 plantas. As 300 restantes são poupadas para o corte raso a partir dos 15 anos, ou quando as plantas apresentarem diâmetro a partir de 50 cm.

A madeira do segundo desbaste pode ser aproveitada para usos diferenciados como fabricação de móveis, esquadrias e lambris. As árvores remanescentes, mais espaçadas, terão seu crescimento diamétrico reforçado.

Plantio de 9 anos após segundo desbaste.
Toras de 9 anos em serraria.
Colheita manual: Nesse processo, a derrubada das árvores é realizada com motoserra, um equipamento simples e acessível, que apresenta bom rendimento e custo-benefício. Devem ser levados em conta todos os aspectos de segurança do trabalho, treinamentos e uso correto de EPIs, pois essa é a operação florestal que mais riscos oferece ao trabalhador. Na sequência, os toretes são carregados em pranchas puxadas por tratores e levados para fora dos talhões, onde são carregados em caminhões ou pranchas. Esse procedimento é adequado para áreas mecanizáveis. Em áreas não mecanizáveis, esse processo pode ser feito por tração animal ou sistemas de cabo.
Em nossas experiências, a melhor forma de colheita encontrada considerando o porte das florestas e o custo operacional foi a derrubada com motoserra, arraste das toras com mini skidder e carregamento de caminhão com grua florestal. São equipamentos adaptados a tratores e portanto mais acessíveis.
Derrubada com motoserra.
Carregamento manual.
Arraste com mini skidder (eucaliptos).
Carregamento com grua florestal.

Colheita Mecanizada: A colheita mecanizada normalmente requer um conjunto de máquinas em seus diferentes tipos de operação. Esses conjuntos normalmente operam com harvester + auto carregável (ou forwarder) ou feller buncher + skidder + garra traçadora. Devido ao alto custo dos equimapemtos e seu alto rendimento, esses modelos somente se justificam para grandes operações florestais, pois seu rendimento supera 500 hectares de colheita por ano. Recentemente vem sendo desenvolvidos equipamentos de menor porte e custo compatível para as operações de médio porte. É o caso do cabeçote de feller da empresa TMO, que se adapta a uma carregadeira de pneus.

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